Nem sempre é possível encurtar a distância da porta de casa às calçadas. Faltam braços que acolham, falta braços. Ou existem, mas se encontram amordaçados pela venda dos olhos. E fica o descuido, o abandono enquanto o mar segue jogando ondas que se espatifam contra os rochedos ou a vida segue pulsando a dor em pequenos barcos que navegam apinhados de sonhos e afundam no mar insano. Não sei, não sei... Não sei se ainda há olhos... se ainda há braços... Onde o laço que abraça? Onde?
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