sábado, 2 de setembro de 2023

 Nem sempre é possível encurtar a distância da porta de casa às calçadas. Faltam braços que acolham, falta braços. Ou existem, mas se encontram amordaçados pela venda dos olhos. E fica o descuido, o abandono enquanto o mar segue jogando ondas  que se espatifam contra os rochedos ou a vida segue pulsando a dor em pequenos barcos que navegam apinhados de sonhos e afundam no mar insano. Não sei, não sei... Não sei se ainda há olhos... se ainda há braços... Onde o laço que abraça? Onde? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário