Mas pode ser assim... por caminhos de sonho... onde os pensamentos voam para distâncias longínquas e queridas... onde o mundo não é de estátuas de cavalos nem de caminhos livres... ou mesmo de mapas que podem ser seguidos... lá onde as horas não existem... e o relógio marca só o tempo que não foi... E os castelos só existem no coração...
sexta-feira, 21 de abril de 2023
vamos seguir por esta estrada. Talvez ela nos leve pra algum lugar, além dos tijolos amarelos... um lugar de flores brancas e miúdas, de escadas que conduzem à floresta, e fazem os pés trilhar tapetes de flores Caminhos de esperança e paz lugares de descanso e refrigério Onde a vida é mais colorida e as belezas latentes brotam do chão em profusão ou abraçam as janela da vida como um coração aberto no peito que tremula beleza como as do jardim e iluminam os cantos da vida com o azul do coração a cor dos sonhos e do perdão a cor do amor que qual os miosótis encantam e fazem o mundo brilhar mais
Em todo o canto uma flor Em cada folha uma cor diferente Um broto e luz e vida uma placa anunciando um novo mundo Gigantes os pinheiros do caminho Que fazem trilhas de folhas secas No caminho um momento para descansar Mas depois sempre seguir adiante Na floresta imensa e negra (Floresta Negra) Com as flores da beira do caminho A enfeitar de luz a caminhada.
Hoje há flores no meu caminho E a floresta de pinheiros brilha pelo mar de flores que Deus hoje colocou no meu caminho. São como tapetes para meus pés de sonho...E nas imensas trilhas da Floresta Negra eu tive a certeza de que passe o tempo que passar eu jamais, nunca, nunca mesmo desistirei dos meus sonhos E que mesmo que vários caminhos se apresentarem diante dos olhos mesmo as porteiras fechadas mesmo os galhos diante dos olhos E a luz ofuscando a visão Eu traçarei meus caminhos E mesmo que a dor jamais me poupe Eu sei onde meu coração está encravado e conheço o que nele vive E nada, nem ninguém vai tirar isso de mim e mesmo que seja na mais completa solidão mesmo que todos me abandonem que você me abandone pra sempre Ou que os caminhos sumirem de diante dos meus pés E que só possa ver o mundo depois que ele passou Minhas raízes estarão firmes e mesmo secando as minhas folhas ou se eu perder o foco de mim mesma construirei minhas estradas E farei brotar flores em meu coração Porque nele não há mais lugar para cardos e espinhos mas sim para a beleza do amor e da vida E a vida é o dom que quero pra sempre ao meu redor - me dando forças para viver e novos caminhos para os pés cansados Um portão aberto e desejos de boas vindas E mesmo que não haja mais cartas no mensageiro do tempo Sei que meu amor é forte como o carvalho é refúgio e fortaleza E será em meu coração sempre um jardim Com uma única certeza Há sempre um caminho por onde andar E um lindo lugar para pousar a alma e viver os minutos da vida construindo pontes Brincando com a vida observando o mundo e as coisas do mundo e as gentilezas que a natureza nos dá Como uma casinha no meio da mata Um lar no caminho dos anjos Uma distância para o silêncio e a reflexão e a visão do belo e do perene ou a imensidão a perder de vista O jardim de Deus O charme da vida As trilhas no capim As doçuras que meus olhos viram Até no cão que carrega a madeira para seu dono e as flores silvestres que se esparramam em belezas E fazem a alma sorrir Como a muito tempo não sorria o Azul preferido A chuva de ouro Cachos de luz cascatas de sol uzes de sonhos tapete verde A diversidade A sombra mágica vivaz Sangue e luz cores de outono cor de maria Flor de esperança Diferente e mesmo sempre perdendo o jogo Vale a pena viver E acreditar no amanhã endo no peito um coração que sabe amar e que vive desse amor pra sempre assim, assim como vivem as lindas flores nas janelas da vida...
terça-feira, 18 de abril de 2023
É belo o sentir e a certeza de ter o sol num brilho raro entre os vãos dos dedos ou piscando beijos de luzes na linha do horizonte de uma tela da vida. Também em distraio no vento ou na brisa do mar ou, quem sabe, no canto das aves que beijam o céu estrelado e nacarado de sonhos. Sou eu o sal, o fogo e a brasa que vês, que sentes... se venho no teu pensamento... veja-me, sintaa-me... pois belo é o sentir e bela é a vida que vem, que passa e que caí, como a folhinha do calendário da parede, no vão entre o lado de cima e o debaixo da minha ampulheta do tempo.
Quantas vezes joguei a fita no azul procurando agarrar as gotas desse brilho raro que encontrei no céu de um jardim de primeira página. Quantas vezes lutei para me deixar fisgar, machucar pelo anzol da vida... prender e soltar quando e como o vento quisesse...
E sequei lábios rasgados, sangue escorrendo dos olhos, boca dormente pelos machucados da linha, pelos vazios que me abraçavam e não me largavam mais... Presa da dor, nem consegui inventar outra história pois a minha jamais teve fim...
Quantos vãos no pensamento, quantos abismos se formaram e por eles naveguei ou caminhei milhões e milhões de eternidades em busca dessa memória de uma nova história que ainda não sei... não conheço para além da tela aquarelada de luzes...
Que saudade dos fiapos de lágrimas, da troca de trapos, das conversas entre as varas que seguravam anzóis que a si próprias se pescavam...
E neste ir e vir do Sol, neste pegar e largar da vida, também fui, tantas vezes, ceifada em minha visão pelos feixes de luzes que jogavam no meu rosto ao cruzar dos faróis.
Tudo era cristalina/mente claro, sorrateira/mente escuro... mas eu só via, como tu, a fita azul e a ponta do anzol... e sonhava (sonho) ser um coração, ser isca... para - no momento de sua travessia entre um corpo e outro de alguma estrela - para todo o sempre fisgar o mar...