Também me busquei em lugares inóspitos, em sendas e penhascos ou desbravando mares bravios e tempestuosos. Quantas vezes também chorei, perdida, em becos escuros, em ruelas mortíferas e ruas sem saída. Tudo em busca de me encontrar. Nesta empreitada quantos se embrenharam nas mesmas estradas e me gritavam ser este o caminho inverso, enquanto eu avançava? No meu encontro comigo mesma fazia uma cruzada de primeira página por caminhos de princesas e rainhas. Foi quando bati de frente com o homem embrulhado em seu próprio caos. O choque da descoberta de mim mesma repercute até os dias de hoje e continuará ressonando na eternidade. O eco de minha voz muda em frente ao espelho impacto na alma e no coração. Senti meu cheiro, reconheci meu Eu. Nascia em nós, uma nova nebulosa, uma Andrômeda cósmica e bela, cuja melodia do nascimento ressoa ainda em nosso coração, em nossas mãos de poema.
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