domingo, 24 de dezembro de 2023

Talvez seja eu que precise me alimentar de paisagens, de meus próprios passos, montanha abaixo, à caminho do mar... Ser a voz de lírios a cantar pelos vales do sol, guerrilheira, assoviando versos nos barrancos ou nas montanhas ensolaradas do teu amanhecer. Meus dedos de poema plantaram sementes em tua primeira página azul de sentimentos. Era meu céu, sim, sendo tatuado em tua pele, como um minúsculo cometa disparando luzes por onde passou. Deixei pegadas em cada canteiro do jardim. Não havia mistério ou segredos que não desfiei, num rosário sem fim, a cada 9 horas do dia. E minha voz caiu em teu sangue e misturou-se a ti de modo que nossa almas se juntaram para nunca mais se separar. 



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