E o nanquim escorre
das mãos de poema
na página em branco...
derrama-se a tinta sobre as linhas
mas, a alma fala pelas entrelinhas.
Então, vira o poema do avesso,
olha a tela borbada da vida
pelo seu outro lado...
o lado seu, o lado de lá...
Vais encontrar lá
o que as mãos não escrevem,
o que o poema não fala,
o nanquim não chega para desenhar
o que só a alma revela
a quem pode em seus próprios olhos,
no espelho que neles mora, olhar...
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