quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

 E o nanquim escorre

das mãos de poema

na página em branco...

derrama-se a tinta sobre as linhas

mas, a alma fala pelas entrelinhas.

Então, vira o poema do avesso,

olha a tela borbada da vida

pelo seu outro lado...

o lado seu, o lado de lá...

Vais encontrar lá

o que as mãos não escrevem,

o que o poema não fala,

o nanquim não chega para desenhar

o que só a alma revela

a quem pode em seus próprios olhos,

no espelho que neles mora, olhar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário