terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Nossa alma reconhece o que é conhecido. (Re)conhecer tem a ver com o já visto antes, já conhecido por nós, como um caminho já percorrido. O que é novo, o que tem um novo jeito de se fazer, de ser, de dizer, que não traz a marca, a identidade do que já conhecíamos torna-se difícil (re)conhecer. Podemos nos abrir para o novo, para um outro jeito de fazer, de ser, de viver, falar, poetar, mas estaríamos conhecendo esse novo e não (re)conhecendo. E teríamos de alguém nos dizendo: olha, esse, essa... sou eu agora. E ainda assim reside nessa jornada o fato de que podemos nos enganar. Entendermos estar indo por um caminho desenhado no mapa pelas mãos que desenharam os já trilhados e esse caminho sequer ser o que nos é esperado trilhar.




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