Nem sempre alcançamos o que buscamos. Inúmeros eventos podem contribuir para nos desviar do caminho ou de nossos propósitos. Também sou devedora do calor e da luz. E trilho o mesmo caminho de sempre de novo me redescobrir, porque, ao longo do tempo vamos sendo e nos transformando. Muitas mudanças são imperceptíveis sem um processo longo de reflexão. Outras, saltam aos olhos assim que as efetuamos. E nem sempre as mudanças acontecidas foram empreendidas por nossas mãos. Mas são sentidas no lento caminhar do universo e o próprio corpo, mente, coração vão efetuando as mudanças. É como uma pedra, uma rocha que aos poucos, com os temporais, com o sol, as chuvas vai, aos poucos, se transformando, enrijecendo ou ficando mais maleável, moldável. Vai ganhando camadas de cores, nuances que dão sentido ao seu existir ou vai perdendo grãos, diminuindo sua massa e tamanho. Nada fica igual. Tudo muda e se transforma. E o caos, quando recebe luz e pode ser visto e reconhecido, não é o fim, mas o princípio da mudança. Nas crises busca-se recomeços. E a vida segue com a proposta de que nossa faina diária seja redescobrir a si mesmo e redescobrir caminhos perdidos ou construir novos para que a alma alcance a infinitude da luz e sua própria eternidade. E lá, em meio ao novo que se (re)descobre em si mesmo que mora a felicidade. E ela tem asas de ancestralidade e amor.
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