sábado, 28 de janeiro de 2023

Também quis um violino no telhado, uma voz que tocasse um som que me comovesse, um bordado de vida que me transformasse em pano para embrulhar um coração ferido. E busquei o cheiro que inebria, as lindas mãos que seguram uma metodologia, a santidade que não tenho e as diabruras em poemas que sei fazer. Também sempre sonhei com essa pintura infinita de azul e um Sol em perspectiva sobre a tua cama para amar quando eu quisesse brincar meus enigmas e afinar as cordas de meu violino sobre os lençóis acetinados e quentes. Também quis viver a beleza do mundo e suas coisas, beijar e suspirar enquanto jogamos xadrez, receber em minha taça o sumo da vida enquanto morremos num mote só ao som da valsa do imperador. 



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