Também quis um violino no telhado, uma voz que tocasse um som que me comovesse, um bordado de vida que me transformasse em pano para embrulhar um coração ferido. E busquei o cheiro que inebria, as lindas mãos que seguram uma metodologia, a santidade que não tenho e as diabruras em poemas que sei fazer. Também sempre sonhei com essa pintura infinita de azul e um Sol em perspectiva sobre a tua cama para amar quando eu quisesse brincar meus enigmas e afinar as cordas de meu violino sobre os lençóis acetinados e quentes. Também quis viver a beleza do mundo e suas coisas, beijar e suspirar enquanto jogamos xadrez, receber em minha taça o sumo da vida enquanto morremos num mote só ao som da valsa do imperador.
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