Caminho pelas ruas onde nasceu o Sol. Trilho paralelepípedos que seus pés tocaram em um tempo que não conheci. Sou sopro de luz por entre os telhados e eirados que fazem o colorido da hora vivida. Meus olhos percorrem as portas e janelas fechadas, as horas caladas, os braços iluminados da hora do dia num céu algodoado e feliz. Sou calçada de esperança e acendedora de candeeiros quando as luzes se calam e a noite avança pelos umbrais. Mãos dadas com o Sol, caminho a memória de um tempo que não se esquece, que tem histórias de vida, tem um automóvel do tempo e mãos de sonhos dos pés que seguiram viagem através do tempo pela rua dos confins em direção ao horizonte de possibilidades que se vê na linha entre a copa das árvores e o céu, morada desse Sol de amor.
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