Você também é o meu mar de calmaria onde me entrego sem medo de para onde suas ondas irão me levar. És meu areal lindo e pleno de amor onde sou concha a aquecer ao sol na dança com tuas águas e espumas, amor. Não vivo nesse tempo, dele não somos e disso já sabes. Nesta sociedade estamos de passagem. Nossa jornada não é de hoje e não está amarrada aos ponteiros do relógio. Nós fazemos o nosso tempo, nós criamos o nosso espaço de viver, nós podemos desenhar nossas estradas e podemos determinar como queremos caminhar por entre a multidão que se arrasta na indiferença e no individualismo. Somos nós que escrevemos nossa própria história e ela não inicia hoje - já é há longa data. Há milhões de anos caminhamos no nosso tempo. Sigamos juntos neste mar sendo de um e de outro a calmaria e a tempestade de calor mesmo em meio ao contexto frio, morto e indiferente.
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